
Termômetro registra 37°C na região do Paraíso, na Zona Sul de SP
RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O tempo seco e quente, somado à poluição vinda das queimadas no interior do estado e do Centro-Oeste do país colocou a cidade de São Paulo entre os centros urbanos com os piores índices de qualidade do ar no mundo nesta segunda-feira (9), de acordo com a empresa suíça IQ Air.
A empresa fornece dados para o braço das Nações Unidas que trata de questões relacionadas ao meio ambiente.
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Durante a manhã, a capital paulista ficou em primeiro lugar dentre os centros urbanos mais poluídos. Contudo, ao longo do dia, teve seu índice superado por Lahore, capital do Paquistão, e Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.
“O objetivo do ranking das maiores cidades é fornecer um panorama simples, em tempo real, de como está a qualidade do ar nos centros urbanos. Comparar a qualidade do ar apenas entre grandes cidades, ao invés de uma lista exaustiva de todas as cidades [do mundo], nos fornece um panorama conciso, significativo e revelador sobre a qualidade do ar nos centros urbanos ao redor do mundo”, explicou Armen Araradian, relações públicas da IQ Air.
Mesmo com São Paulo apresentando um dos indicadores mais elevados dentre as cerca de 120 cidades listadas pela empresa, outros municípios brasileiros tinham níveis de poluição ainda mais preocupantes nesta segunda, como Porto Velho (RO), que está sofrendo com a seca extrema do Rio Madeira e incêndios florestais, Rio Branco (Acre), também afetada pelos incêndios na região e Campinas, no interior paulista, que sente o reflexo das queimadas na Amazônia.
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Os dados divulgados pela companhia suíça são reunidos de diversas fontes, desde órgãos oficiais a associações com medições próprias. No caso de São Paulo, a empresa cruza os dados oficiais da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) com os de medidores mais simples, implantados por uma associação chilena e por contribuidores anônimos na capital paulista.
A empresa assegura, contudo, que todos os dados são validados por um mecanismo próprio antes de serem publicados em sua página na internet.
Segundo o monitoramento da Cetesb, das 21 estações que medem os índices de partículas inaláveis na Grande São Paulo, 10 marcaram índice “muito ruim” para o poluente nesta tarde, nove apresentaram indicador “ruim” e duas “moderado”.
Para a companhia estadual, o cenário vivido por São Paulo nesta segunda foi “bastante atípico”.