Morre paciente de Cajuru, SP, internado no Hospital das Clínicas com ferimentos causados por queimadas


Carlos Eduardo Prado estava na ala de queimados da instituição há duas semanas. Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP
Cedoc/EPTV
Um dos pacientes internados na ala de queimados do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) morreu no fim da manhã desta sexta-feira (6).
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Carlos Roberto do Prado, de 44 anos, era de Cajuru (SP) e deu entrada no HC há duas semanas, com queimaduras causados por incêndios que atingiram a região. A morte dele foi confirmada pela instituição.
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Em nota, o HC disse que Prado não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 12h. “Ele estava recebendo os cuidados da equipe multiprofissional em leito para tratamento intensivo”.
O homem era uma das quatro vítimas que seguiam em tratamento no hospital por conta dos incêndios que atingiram a região de Ribeirão Preto desde o fim de agosto.
O estudante Wesley Dourado, de 18 anos, teve alta no fim de semana, após passar por uma cirurgia no HC onde fez o desbridamento da pele. Ele estava internado desde o dia que o carro em que estava com a irmã foi cercado por um redemoinho de fogo, em Dumont (SP). (veja mais abaixo)
‘Redemoinho de fogo’
Wesley teve queimaduras de 3º grau e a irmã mais velha dele, Norraina Dourado, de 26 anos, teve queimaduras de 1º, quando os dois tentavam salvar do fogo os animais da pousada onde a mãe trabalha, em Dumont, no dia 24 de agosto, um dos dias mais críticos da série de incêndios que atingiram a região de Ribeirão Preto.
Em um vídeo ao qual o g1 teve acesso, Wesley contou que chegou a pensar que estava sonhando.
“Minha irmã tentou me carregar, deu uns dois passos e caiu. Eu comecei a ficar louco, desesperado de adrenalina, começava a gritar ‘isso é um sonho, eu estou sonhando, eu vou acordar, isso é um sonho’. Depois sentei no chão, já tinha desistido de tudo, estava quase aceitando a morte. Ficava ‘a dor é só na minha cabeça, a dor é só na minha cabeça’. Minha irmã olhou no fundo do meu olho e falou ‘a dor não é na sua cabeça, não, está doendo mesmo’ e saiu, sumiu no meio da fumaça”.
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