Seca do Rio Negro em 2024 afeta a população e afasta embarcações da Orla de Manaus; FOTOS


Bancos de areia estão surgindo no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à via pública. Seca Rio Negro 2024
William Duarte/Rede Amazônica
A seca do Rio Negro em 2024 já está mudando o cenário da Orla de Manaus e afetando a rotina tanto da população quanto dos trabalhadores da área portuária. Na quarta-feira (4), o rio estava em 19,01 metros, 4,03 metros abaixo do mesmo dia do ano passado, quando a cota era de 23,04 metros, de acordo com dados do Porto da capital, responsável pelo monitoramento do nível das águas.
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Bancos de areia estão surgindo no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à via pública. Essa situação impacta tanto os visitantes que chegam de barco à capital quanto os trabalhadores, que precisam percorrer longas distâncias a pé.
Em agosto, a seca avançou de forma alarmante, com o nível do Rio Negro em Manaus caindo cinco metros, segundo dados da Defesa Civil do Amazonas.
A previsão do governo do estado é de que, neste ano, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu em 2023. Durante a estiagem do ano passado, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.
Veja abaixo fotos que mostram como está a orla de Manaus durante a seca do Rio Negro:
Seca do Rio Negro muda cenário da orla de Manaus
Quem trabalha com a navegação pelos rios do Amazonas afirma que a maior dificuldade durante o período são os bancos de areia que tomam conta do caminho. Eles ressaltam que isso se torna ainda mais desafiador durante a noite, quando a visibilidade é reduzida.
Seca muda cenário na orla de Manaus
Seca do Rio Negro
De acordo com o monitoramento da Defesa Civil, o Rio Negro começou o mês de agosto medindo 25,09 metros. Já no sábado (31), as águas mediam 20,02 metros. Ainda segundo o órgão, entre o sábado (31) e o domingo (1º), o rio desceu ainda mais, chegando a 19,77 metros.
O monitoramento aponta ainda que o Rio Negro está em estado crítico de vazante.
Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.
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