Os gastos com transferência de jogadores entre os clubes em acordos internacionais esfriaram na última janela, realizada entre junho e o início de setembro, de acordo com relatório da Fifa publicado nesta terça-feira. A entidade máxima do futebol mundial revelou que os times desembolsaram US$ 6,46 bilhões, cerca de R$ 36,2 bilhões, abaixo dos US$ 7,43 bilhões no mesmo período do ano passado.A média de gastos com transferências na Europa, o mercado mais rico do futebol mundial, foi de US$ 3,13 milhões (R$ 17,4 milhões), em comparação a US$ 3,8 milhões (R$ 21,3 milhões) há um ano. Por outro lado, os clubes bateram recorde em número de transferências, com 10.900, superando marca anterior em 4,9%. Neste quesito, a Inglaterra liderou, com 526 reforços. Brasil e Portugal vêm logo atrás, com 412 e 394, respectivamente. No caso brasileiro, houve ainda saída de 469 atletas do País. Entre chegadas e partidas, os clubes brasileiros tiveram um lucro coletivo de US$ 98 milhões em acordos internacionais, de acordo com a Fifa.Das quase 11.000 transferências internacionais processadas pela Fifa nos últimos três meses, a maioria não incluiu uma taxa e quase 6.300 envolviam jogadores livres, sem contratos.O relatório da Fifa não é uma referência completa sobre a última janela, encerrada na segunda-feira, porque não inclui o maior acordo de transferência da Europa, envolvendo Kylian Mbappé, e em inclui movimentações de jogadores entre dois clubes no mesmo país.Mbappé se juntou ao Real Madrid sem uma taxa de transferência porque a estrela francesa era um agente livre depois de deixar seu contrato expirar no Paris Saint-Germain. Ainda assim, o clube espanhol teve que pagar a Mbappé um bônus de assinatura estimado entre US$ 110 milhões e US$ 165 milhões.Os maiores valores de transferência em acordos internacionais foram a mudança de Julián Alvarez do Manchester City para o Atlético de Madrid, avaliada em cerca de 75 milhões de euros (US$ 83 milhões/R$ 466 milhões) e Leny Yoro, do Lille para o Manchester United, por cerca de 62 milhões de euros (US$ 69 milhões/R$ 387 milhões).Entre as transferências que não aparecem na lista da Fifa, por serem entre clubes do mesmo país, já acordos que estão no Top 10 em relação aos valores envolvidos. É o caso da saída de Dominic Solanke do Bournemouth rumo ao Tottenham, de Pedro Neto, do Wolverhampton para o Chelsea, e Teun Koopmeiners, da Atalanta para a Juventus.Os clubes ingleses foram os maiores gastadores no geral, com um desembolso de US$ 1,69 bilhão em transferências internacionais e US$ 1,25 bilhão, em valores que voltaram, nas vendas de atletas. Os clubes da Inglaterra, Itália e Arábia Saudita tiveram um gasto líquido coletivo de pelo menos US$ 400 milhões.Os clubes belgas tiveram um lucro líquido de US$ 302 milhões, recebendo US$ 412 milhões com a venda de jogadores no exterior e gastando US$ 110 milhões em jogadores de clubes de outros países, de acordo com a Fifa. Esses acordos incluíram a transferência de Igor Thiago do Club Brugge para o Brentford e Ernest Nuamah do Molenbeek para seu clube irmão Lyon.
Clubes reduzem gastos com transferências na última janela, diz relatório da Fifa
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