Governo do ES vai disponibilizar R$ 500 milhões para reduzir poluição

Baraona, Saintive e Marília divulgaram pesquisa que indica interesse de empresários em descarbonização

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Fábio Nunes/AT

O governador Renato Casagrande determinou a separação de R$ 500 milhões do Fundo Soberano para que o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) financie projetos da indústria capixaba visando reduzir a poluição.A informação foi dada pelo diretor-presidente do banco, Marcelo Saintive, em coletiva na manhã de ontem, promovida para apresentar a Pesquisa Descarbonização e Eficiência Energética 2025, realizada pelo Observatório da Indústria, órgão da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).O anúncio oficial e os detalhes sobre a linha de financiamento serão anunciados ainda no primeiro quadrimestre, disse Saintive.Os projetos deverão ser “rigorosamente planejados” para que se mostre tanto a capacidade de pagamento, quanto o impacto ambiental. Saintive disse que qualquer empresa que se adeque aos critérios definidos pelo banco poderão pedir o financiamento. Ele afirmou ainda que Casagrande é um “líder no País” entre os pares no assunto do meio ambiente.A pesquisa sobre Descarbonização e Eficiência Energética teve como objetivo criar um instrumento financeiro para ajudar as empresas a atingirem as metas previstas no Acordo de Paris e no Plano de Descarbonização do Estado, lançado em dezembro de 2023.Os resultados foram apresentados com a presença do presidente da Findes, Paulo Baraona, da economista-chefe da Findes e gerente do Observatório Findes, Marília Silva, e da diretora Operacional do Bandes, Gabriela Vichi, além do diretor-presidente do Bandes.Para descobrir o que o empresariado pensa, foram entrevistados representantes de 200 empresas de 33 municípios capixabas, sendo 49% de médio porte e 34% de pequeno porte. Os resultados indicam que o número de empresas que relataram ter algum conhecimento sobre o tema foi de 91% e 98% disseram ter algum interesse.Entre as motivações, o comprometimento ambiental (82%) e a iniciativa interna (66%) se destacam e, segundo Marília, isto mostra um compromisso muito elevado do setor com as boas práticas. O estudo também abordou quais medidas as empresas já adotam, e cerca de metade declarou que já adota medidas de eficiência energética ou de gestão de resíduos.

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