Leandro Duran teve sua imagem usada indevidamente por vários portais de notícias. Jovem informou que vai tomar as providências legais para reparar os danos causados. Leandro Duran Banega
Iury Lima/Rede Amazônica
Uma confusão envolvendo identidade causou transtornos para um auxiliar de produção de Vilhena (RO): Leandro Duran Banega, de 25 anos, foi confundido com um homem vítima de homicídio e teve sua imagem usada indevidamente por vários portais de notícias.
A verdadeira vítima se chamava Leandro Franco Duran Nunes e foi morta a tiros no último sábado (25), em Cacoal (RO). O caso ganhou repercussão porque o homem tinha um mandado de prisão em aberto, mas foi o auxiliar de produção quem acabou sofrendo os impactos.
À Rede Amazônica, Leandro informou que estava no trabalho quando aconteceu a confusão. Segundo ele, após a notícia falsa se espalhar, vários amigos e familiares começaram a ligar preocupados com o jovem.
“Estava no meu ambiente de trabalho, aí recebi a notícia quando muitos familiares meus estavam ligando, só que no momento eu não vi, eu fui ver depois de várias ligações. Aí quando eu senti que estava vibrando demais o celular e eu resolvi ver o que que era. Quando eu fui ver, um irmão meu mandou o link”, explicou.
Após receber várias mensagens e ligações, o jovem precisou ir às redes sociais explicar que a informação era falsa.
“Ah, é bem desagradável. Todo mundo me conhece, todo mundo sabe como que eu sou, uma pessoa tranquila, calma, amigável com todo mundo. Aliás, todo mundo que viu as postagens que eu publiquei, o comentário era: logo você, que não faz mal a ninguém”, ressaltou.
O auxiliar de produção informou que já registrou boletim de ocorrência contra pelo menos seis portais de notícias que usaram sua foto sem autorização. Ele também disse que vai tomar as providências legais para reparar os danos causados.
“Eu vou prosseguir para eles ficarem cientes do que aconteceu, para não cometer mais esses erros. Prestar mais atenção no que vão postar, correr atrás da notícia verdadeira, das pessoas reais que estão envolvidas na notícia que eles querem publicar”, desabafou.
De acordo com a advogada Gabriela Vilela, especialista em direito digital, usar imagens ou informações pessoais sem consentimento é crime e pode gerar ações judiciais.
“Existe aí uma difamação e uma calúnia pelo caso dele ter sido acusado de ter cometido um crime. Tinha um mandado em aberto e toda a vinculação da imagem dele de forma errada. Então, ele tem o direito de indenização pelo ocorrido, danos morais”, explicou a advogada.
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