Mulher encontrou telefone embaixo da pia, envolto em jornal e papelão. Homem alegou que intenção era filmar colegas usando drogas, segundo polícia. Funcionária de transportadora encontra câmera escondida em banheiro
O funcionário apontado como responsável por colocar um celular com a câmera ligada no banheiro da empresa foi identificado pelo fiscal, que percebeu que a foto na tela de bloqueio era do suspeito, conforme declarado pelo superior em depoimento. Conforme a polícia, a descoberta aconteceu quando uma colega foi usar o banheiro e ouviu um som baixo de música. Ao olhar embaixo da pia, ela encontrou o celular envolto em jornal e papelão.
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O aparelho foi encontrado na tarde de terça-feira (21), em uma garagem de ônibus em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Após achar o celular, a mulher entregou o aparelho ao fiscal da empresa, que confirmou que o dispositivo pertencia ao funcionário.
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O g1 não conseguiu localizar a defesa do funcionário até a última atualização desta reportagem. Segundo o boletim de ocorrência, ao ser questionado pela polícia, o homem confessou ser o dono do celular. No entanto, ele alegou que havia deixado o aparelho no banheiro para registrar possíveis usos de drogas por outros funcionários.
A polícia informou que o banheiro é unissex. Questionado sobre o fato de o local também ser utilizado por mulheres, o homem afirmou estar ciente. Já em relação à câmera estar direcionada para o vaso sanitário, o suspeito permaneceu em silêncio, conforme consta no registro policial.
Segundo o relato da funcionária, o homem entrou no banheiro pouco depois de o celular ter sido retirado do local. O fiscal da empresa ainda destacou que o suspeito carregava mais de um celular, utilizava o banheiro com frequência e costumava chegar ao trabalho antes do horário.
Ainda conforme a funcionária, ela ouviu um som baixo de música enquanto estava no banheiro. Ao procurar a origem do som, encontrou o celular escondido debaixo da pia, envolto em jornal e papelão.
Entenda o caso
Funcionária encontra celular escondido com câmera ligada no banheiro de empresa, em Luziânia, Goiás
Polícia Civil/Divulgação
O aparelho foi encontrado pela funcionária por volta das 18h, quando ela foi usar o banheiro. Fotos mostram o celular embalado em papelão e preso com fita isolante, com um recorte na área da câmera.
O delegado Lucas Soares informou que o telefone não estava tão exposto quanto mostram as fotos. Ele disse que as imagens foram feitas depois que a camuflagem, instalada pelo suspeito para esconder o celular, já havia sido retirada. “O aparelho estava bem escondido”, disse.
O homem foi conduzido à delegacia e deve responder por registro não autorizado da intimidade sexual. O crime é considerado de menor potencial ofensivo e, por isso, o suspeito foi liberado depois de assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
A Polícia Civil constatou que o celular filmava o banheiro, mas não pôde analisar as imagens, já que a verificação precisa de autorização judicial. Lucas Soares informou que solicitou à Justiça a quebra de sigilo do aparelho.
À TV Anhanguera, a empresa disse que está prestando apoio à vítima com suporte psicológico. Disse também que ela foi liberada do trabalho sem desconto de salário.
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