Rodolpho Tamanini Neto, de 73 anos, foi encontrado na manhã de sábado (25). Água invadiu quintal da sua casa, na Vila Madalena, na Zona Oeste da capital, atingindo 2 metros de altura. Rodolpho Tamanini Netto, artista plástico
Arquivo pessoal
O corpo do artista plástico Rodolpho Tamanini Neto, de 73 anos, que morreu na sexta-feira (24), após a enxurrada da chuva invadir sua casa, é velado no Cemitério São Pedro, na Zona Leste de São Paulo na manhã desta segunda-feira (27).
Já a cerimônia de cremação está prevista para às 11h no Crematório de Vila Alpina, também na Zona Leste.
Rodolpho foi encontrado morto na manhã de sábado (25). Policiais militares foram acionados por testemunhas e entraram no imóvel da vítima, localizado na Vila Madalena, bairro boêmio da Zona Oeste da capital.
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A principal suspeita é de que o idoso tenha morrido afogado depois que a água entrou na residência e atingiu uma altura de 2 metros. O caso é investigado pela Polícia Civil no 14º Distrito Policial de Pinheiros.
O artista residia no sobrado desde criança. Morava no andar superior. O debaixo era alugado, mas estava vazio quando começou a chover na semana passada. Segundo o boletim de ocorrência, com o acúmulo de água nas da chuva, a Rua Belmiro Braga alagou, parecendo um rio.
A força da correnteza arrastou carros e um deles bateu no portão de contensão contra enchente da casa de Rodolpho. Nesse momento, ele havia descido e ido ao quintal olhar se ele estava alagado. Em seguida, a força da água rompeu o portão. Em seguida, a enxurrada tomou o imóvel.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), chegou a dizer à imprensa durante o final de semana que a cidade estava “muito preparada” para enfrentar eventos climáticos e os impactos da chuva.
“A gente sente demais. O senhor de 73 anos faleceu ali no Beco do Batman, ali é uma região que realmente é quase um vale, que concentra a água vindo de muitos locais”, disse Nunes. “A gente tem procurado fazer algumas ações ali, mas é um local difícil, muito impermeabilizado, e um carro acabou sendo arrastado e acabou levando essa pessoa. Óbvio que a gente lamenta demais.”
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O artista plástico é uma das 17 vítimas das chuvas de verão no estado de São Paulo desde dezembro, segundo a contagem da Defesa Civil.
Segundo o balanço do órgão, oito vítimas foram diretamente relacionadas aos temporais no estado, enquanto sete morreram em razão de deslizamentos e outras duas dos vendavais que têm atingido o estado neste verão 2024/2025.
A última vítima é um menino de 7 anos que morreu no domingo (26) ao ser levado pela enxurrada dentro de um parque em Embu das Artes, na Grande São Paulo.