Filme sobre ceramistas tapajônicas tem equipe formada somente por mulheres


O filme narra a história da cerâmica tapajônica, revelando sua profunda conexão com a ancestralidade e a resistência das mulheres. Equipe formada 100% por mulheres comanda gravações do filme Yupirangáwa Tapajônica
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“Yupirangáwa Tapajônica”, que quer dizer “origem tapajônica”, é o nome do documentário que está em reta final de produção e conta a história de Vandria Borari e dona Marilza, ceramistas do baixo Tapajós, em Santarém, oeste do Pará, e da jovem Nilma Tapajó, que mostra a força da juventude em manter a cultura viva, as três mulheres indígenas narram as suas conexões com a floresta e os rios.
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O filme, que tem a estreia prevista para a última semana de setembro, é dirigido por Viviane Borari, indígena do povo Borari de Alter do Chão, e uma equipe formada 100% por mulheres amazônidas. Ele busca destacar a resistência cultural e a transmissão de conhecimentos ancestrais, além de evidenciar a rica herança dos Tapajó na arte cerâmica.
“A cerâmica tapajônica é uma herança da arte do barro, feita pelos nossos antepassados, é uma arte bastante refinada e complexa porque traz nossa espiritualidade, ancestralidade, nosso trabalho coletivo e a nossa conexão com a terra, com a floresta e com os rios” conta Vândria Borari, uma das personagens do filme.
As gravações foram feitas em dois Territórios Indígenas, em Alter do Chão e na Comunidade de Pinhel, e promete sensibilizar o olhar da população para a importância da cerâmica na sociedade santarena e a resistência dessas mulheres nos seus territórios.
Obra de ceramista tapajônica retratada no documentário
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A cerâmica tapajônica é o artesanato mais antigo do povo da região do Tapajós, e têm por características os elementos antropozoomórficos (mistura de corpos humanos e animais) que exaltam a fauna brasileira.
Para além da beleza, cada cerâmica conta uma história e possui características próprias daquele povo, na região do Tapajós os vasos e urnas funerárias são peças importantes dos antepassados que viveram nesta região, podendo ser encontradas até hoje e mantidas vivas no fazer cerâmica por homens e mulheres.
Este projeto é uma produção da Apoena Audiovisual, realizado com apoio da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura e Governo Federal do Brasil.
Dona Marilza, ceramista tapajônica
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