Em último dia na Casa Branca, Biden concede perdão preventivo a alvos de Trump


Lista inclui médico que defendeu vacinas e isolamento social contra a Covid e testemunhas do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, perpetrado por apoiadores do republicanos, que devem ser anistiados. Presidente Joe Biden faz discurso de despedida na Casa Branca, em 15 de janeiro de 2025
Mandel Ngan/Pool via Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu nesta segunda-feira (20) perdão preventivo ao general Mark Milley, ao dr. Anthony Fauci e aos membros da comissão do Congresso e às testemunhas do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, dizendo que eles “não merecem ser alvos de processos injustificados e politicamente motivados”.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu vingança contra diversos adversários políticos.
“A emissão desses perdões não deve ser confundida com um reconhecimento de que qualquer indivíduo se envolveu em qualquer delito, nem a aceitação deve ser mal interpretada como uma admissão de culpa por qualquer delito”, disse Biden em uma declaração. “Nossa nação tem com esses servidores públicos uma dívida de gratidão por seu compromisso incansável com nosso país.”
Diretor de longa data do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci se tornou um personagem popular e confiável durante a pandemia, servindo na força-tarefa do coronavírus da Casa Branca durante o governo de Donald Trump.
Em seguida, foi criticado por Trump e alguns de seus aliados republicanos porque alertou contra a reabertura da economia dos EUA cedo demais, e se tornou vilão àqueles que se opuseram à vacina contra a Covid-19 e obrigação de uso de máscaras.
Outro beneficiado pelo indulto é o ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley. Ele chamou Trump de fascista e detalhou a conduta de Trump em torno do ataque mortal de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA. Milley disse que estava “profundamente grato pela ação do presidente”.
Sem identificar os indivíduos, ele perdoou todos os membros do Congresso que serviram no painel, suas equipes e os policiais do Capitólio dos EUA e de Washington, D.C. que testemunharam perante o comitê.
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