A influencer brasileira Paloma Souza, que usa as redes sociais para divulgar os conteúdos das viagens que realiza, foi mordida por um macaco em uma atração na praia de Ao Nang, na cidade de Krabi, na Tailândia.Em uma de suas plataformas, na qual acumula cerca de 10 milhões de seguires, a jovem relatou que, por conta da mordida, precisou ser submetida a um tratamento antirrábico (contra a doença da raiva) que custou a ela, só na primeira dose do imunizante, R$ 4 mil. Os gastos devem aumentar porque, segundo a influencer, ela precisa tomar outras quatro doses que vão custar R$ 600 cada.Paloma diz que está bem de saúde, mas que sente os efeitos colaterais das vacinas, como dor no corpo e fraqueza.
Pelas publicações, a mordida aconteceu na semana passada, durante um passeio que ela fazia com a irmã pela trilha dos macacos. Nos vídeos é possível ver que os animais circulam em bando, interagem e encostam nas pessoas, livremente. A influencer relata que, além da mordida, o macaco também a arranhou.“Estava eu, sentada, o macaco chega, me mordeu do nada. Quando ele saiu, saiu arranhando”, diz Paloma. “Eu poderia fazer duas coisas: ou ir na clínica tomar vacina ou contar com a sorte. Só que, se eu contasse com a sorte, e por acaso eu pegasse raiva, é 100% de certeza que você vai morrer”.A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada por vírus do gênero Lyssavirus, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 100%. Ela é transmitida por mordidas, lambidas ou arranhões de mamíferos infectados, que repassam o patógeno pela saliva. View this post on Instagram A post shared by Paloma Souza ?? (@palomasouza.s)“Nas minhas vacinas, eu paguei R$ 4 mil só na primeira dose. E eu preciso tomar mais quatro”, diz Paloma. Ela explica que precisou pagar pelo tratamento antirrábico por não ser da Tailândia e por não ter um visto prolongado para frequentar o país.As próximas vacinas que ela precisa tomar, diz, serão aplicadas no Japão (três doses) e a outra na Coréia do Sul. Ela já tomou uma em território japonês. “Elas vão custar R$ 600 cada”, afirma. No total, o custo do tratamento para a raiva somando todas as quatro doses pode girar em torno de R$ 6,4 mil.“A primeira que eu paguei foi mais cara porque eu não tinha tomado vacina contra a raiva na minha vida”, afirmou, a jovem, que precisou tomar outros imunizantes para tratar de outras doenças, como tétano. “Ao todo, eu tomei oito agulhadas”, diz Paloma em vídeo divulgado no seu Instagram, em que ela escreve ter gasto até R$ 7 mil com o tratamento.Em humanos, a doença pode levar até 45 dias para se manifestar e a vacina pós-exposição induz a formação de anticorpos protetores, enquanto o soro antirrábico tem o poder de neutralizá-lo. Por isso, são medidas importantes e que devem ser buscadas o quanto antes em caso de ferimentos provocados por animais.Mulher internada com diagnóstico de raiva humana morre em PernambucoNo último sábado, 11, uma mulher de 56 anos, que estava internada em estado grave com diagnóstico de raiva humana, morreu no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), em Recife. A vítima, que morava em Santa Maria do Cambucá, no agreste pernambucano, precisou ser hospitalizada depois de ser ferida por um sagui.De acordo com a secretaria, a mulher deu entrada no hospital em 31 de dezembro, apresentando dormência, dores e fraqueza, além de um ferimento na mão esquerda. Dois dias após a internação, a paciente apresentou piora, com agitação e insuficiência respiratória, e foi submetida à ventilação mecânica.O diagnóstico foi estabelecido por exames realizados no Instituto Pasteur de São Paulo, referência no estudo da raiva. O laudo também confirmou que o vírus presente na paciente tinha origem silvestre — a paciente teve contato com o sagui na área urbana, após queimadas forçarem o animal a sair da mata.Foi o primeiro caso de raiva humana em Pernambuco após oito anos sem notificação de infecções. Em todo o Brasil, entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos da doença, sendo que 24 foram causados por morcegos, nove por mordidas de cães, seis por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos e um por bovino. Dois não tiveram a origem definida.Veja também1Seis grupos controlam jogo do bicho em PE com ‘harmonia’ e migração para bets, apesar de inquérito2Menina de 4 anos morre esfaqueada em SC; irmã é presa em flagrante3Chuvas em Minas Gerais deixam 26 mortos e mais de 50 cidades em situação de emergência